Bosco Lopes, natural de Natal, Estado do Rio Grande do Norte,
nascido em 22 de novembro de 1949 e faleceu em 30 de junho de 1998.
Funcionário público, mais público do que funcionário, como
costumava dize, seu primeiro e único emprego foi na Fundação José Augusto, Mas
o que realmente optou por ser na vida foi poema, condição que o popularizou nas
rodas boêmias do Centro da Cidade,
especialmente nos bares conhecido BECO DA LAMA (na Rua José Ivo), famoso pela
presença diária de boêmios e intelectuais.
Participou do movimento de vanguarda Poema/Processo em Natal,
juntamente com ANCHIETA FERNANDES, FALVES SILVA, FRANKLIN CAPISTRANO, e outros
poucos. Em 1973, LANÇOU O projeto zero. Dentro da estética do Poema/Processo. Em
1987, lançou o Livro CORPO DE PEDRA, pela Fundação José Augusto, em que retorna
a o poema verbal, alternando poemas de conteúdo social com romantismo inspirado
em musas reais ou ideais. Era um personagem muito querido nos círculos
intelectuais e boêmios que frequentava, onde tratavam habitualmente como
POETINHA. Nos últimos anos, foi se tornando cada vez mais dependente do álcool,
resultado disso que escrever, para ele, tornou-se uma atividade esporádica, e
mesmo a frequência a bares transformou-se uma rotina penosa em decorrência dos
problemas físicos de que padecia. Isto, apesar dos cuidados que lhe devotavam a
mãe uma tia, ambas anciãs. Lutando inutilmente para afastá-lo da bebida que
findaria por abreviar seus dias de vida.
Ao participar da antologia de crônicas NOSSA CIDADE NATAL,
finalizou dizendo “Eu também etílico poeta, de pé no chão aprendi o ofício da poesia
para te dizer: muito obrigado, Natal, pelas dádivas que de ti recebo há 33 anos.